- FOGO CONTRA FOGO - Bolsonaro chama depoimento de hacker de 'fantasiosa'


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 5ª feira (17.ago.2023) que há “fantasia” no depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Congresso Nacional que apura os atos extremistas do 8 de Janeiro. “Ele está inspirado hoje. Está voando completamente”, disse.

O ex-presidente confirmou ter se encontrado com o hacker para conversar sobre as urnas eletrônicas e pedido a Delgatti que falasse com os militares que integravam a comissão eleitoral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas negou que tenha o instruído a assumir a autoria por um suposto grampo sobre o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).“Tem fantasia aí”, afirmou em entrevista à Jovem Pan.

“Teve a reunião, e eu mandei ele para o Ministério da Defesa para conversar com os técnicos. Ele esteve lá [no Alvorada e na Defesa] e morreu o assunto”, disse Bolsonaro.

À CPI do 8 de Janeiro, Delgatti, que ficou conhecido depois da Vaza Jato, afirmou que Bolsonaro lhe deu “carta branca” para agir e provar a suposta vulnerabilidade das urnas eletrônicas. O hacker disse que um indulto presidencial foi oferecido a ele no 1º encontro com Bolsonaro durante um café da manhã no Palácio da Alvorada. “Ele me garantiu o indulto em uma eventual investigação, eventual denúncia ou condenação”, disse.

Conforme o depoimento, a proposta era fazer um código-fonte falso para induzir a população a acreditar que as urnas não eram seguras. O indício de falha seria demonstrado ao público durante o 7 de Setembro de 2022. Teriam participado dessa reunião o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e Duda Lima, marqueteiro da campanha de Bolsonaro.

Também durante a CPI, Delgatti relatou que Bolsonaro teria pedido para que ele assumisse a autoria de um suposto grampo contra Moraes. A proposta teria sido feita durante uma ligação por telefone entre os 2.

“Ele [Bolsonaro] disse no telefonema que esse grampo foi realizado por agentes de outro país. Ele me disse, não sei se é verdade, se realmente aconteceu o grampo, porque não tive acesso a ele. Disse que, em troca, eu teria o prometido indulto e ainda disse assim: ‘Se caso alguém te prender, eu mando prender o juiz’. Ele usou essa frase”, disse.

Entretanto, Bolsonaro negou as acusações: “Eu só encontrei com ele uma vez no café da manhã [no Alvorada] Não falei com ele no telefone em momento algum. Como ele pode ter certeza de um grampo? Nós desconhecemos isso”, disse.

No depoimento, o hacker também se dispôs a fazer uma acareação (confrontação judicial frente a frente entre testemunhas e partes envolvidas) com o ex-presidente.

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