- FOGO CONTRA FOGO - Comoção e dor na despedida de motorista por aplicativo morto na Grande Natal
O corpo do motorista por aplicativo e pastor, Francisco de Assis Conceição, de 58 anos, foi sepultado na noite dessa terça-feira (19), em um cemitério particular, na Região Metropolitana de Natal. Familiares, amigos e companheiros de profissão participaram da despedida, que foi de muita dor e comoção.
Antes do sepultamento, houve uma cerimônia em uma igreja no conjunto Vale Dourado, na zona Norte de Natal, onde o pastor congregava. Devido ao avançado estado de decomposição do corpo, o carro funerário fez uma breve passagem pelo local.
Em seguida, houve o cortejo até o cemitério, onde aconteceu novamente uma breve cerimônia de despedida. Sob forte comoção e dor, familiares e amigos prestaram as últimas homenagens com flores e uma salva de palmas.
O pastor Marcelo não escondeu o sofrimento com a perda do amigo.
Ele lembrou da boa pessoa que Francisco era. “Se perguntasse se queria saber quem foi ou por que foi, eu iria querer saber porque foi. Alguém de uma índole tão benéfica, cidadão de Deus, que estava trabalhando de Uber para sustentar sua família, foi assassinado com requintes de crueldade”, disse à TV Tropical.
Motoristas por aplicativos também foram ao cemitério para se despedirem do companheiro de trabalho e cobraram novamente por mais segurança. “Pedimos mais segurança. Para nós, os motoristas, e para os usuários. Precisamos de mais policiamento”, disse um motorista de aplicativo.
A categoria, inclusive, realizou dois protestos entre segunda-feira (18), após o corpo ser encontrado, e essa terça-feira (19). No primeiro caso, os profissionais fecharam a Ponte Newton Navarro e depois seguiram em carreata pela avenida Doutor João Medeiros Filho. No segundo, um grupo bloqueou o trânsito na avenida Tomaz Landim, na zona Norte de Natal.
O corpo do pastor Francisco foi localizado na segunda-feira, dentro de uma cacimba desativada, no município de São Gonçalo do Amarante, nas proximidades do local onde ele havia sido visto pela última vez.
Polícia Militar, Polícia Civil, Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) e o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte participaram da ação para o resgate do cadáver.
A Polícia Civil vai investigar o crime para identificar os autores e entender as circunstâncias e motivações da morte.
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