- FOGO CONTRA FOGO - ESBÓRNIA - A população entregue a própria sorte e os políticos cada vez mais ricos as custas do erário; até quando vamos engolir estes sapos de colarinho branco?

Tenho ficado preocupado com o Brasil. Fiquei lembrando dos problemas que tivemos que resolver e para minha surpresa, percebi que as soluções encontradas se transformaram em problemas maiores. 

Será esse outro jeitinho brasileiro? 

Na Copa foi assim. Não tínhamos onde jogar, a solução foi construir estádios enormes — com capacidade de receber milhares de processos, CPIs e desvios de verba. 

Hoje, herdamos a árdua tarefa de manter esses elefantes brancos funcionando. Segue o jogo.

Lembra do Aeroporto Augusto Severo? “Pequeno! Temos que construir outro maior.” Vejam a situação que embarcamos. Distância, caminho perigoso, gasto desnecessário para os cofres públicos e 895 milhões de prejuízo que já fez a Inframérica tomar uma decisão inédita: devolver a concessão de 28 anos para o Governo Federal. — Hummm… tá grande este aeroporto… 

Devemos construir um novo com tamanho intermediário… No show.

Nas Olimpíadas, batemos outro recorde. “Devemos construir uma Vila olímpica para os atletas e depois comercializá-los”. Até hoje amargamos o prejuízo pois foram vendidos apenas 15% dos apartamentos. 

O jeito é pegar a medalha de nossa senhora aparecida e orar.

Seca no sertão do RN. A solução foi o programa das adutoras. “Vamos tirar água da Lagoa do Bonfim”. Uma boa ideia se tivesse sido substituída no momento certo. Isto é, quando os níveis da Lagoa começassem a baixar. O resultado hoje é a ampliação do problema pois 6 lagoas estão ameaçadas de secar — e o sertanejo continuará com sede.

Preservação do Cajueiro de Pirangi. “Deixem o cajueiro crescer pela rua lateral”. O resultado foi um desserviço fenomenal onde o vegetal interrompe o trânsito e prejudica milhares de pessoas — inclusive, numa urgência, qualquer um que precisar de atendimento hospitalar, terá que esperar num engarrafamento injustificado porque ninguém pode quebrar esse galho.

Melhorar o Turismo da cidade. “Criaremos a Via Costeira para os turistas”. Fizeram uma maravilhosa pista de quase 10km totalmente dedicada ao pernambucano, paraibano, paulista, carioca entre outros. 

E nós, os natalenses, não podemos usufruir da área de praia mais nobre da nossa cidade — só nos deixam passar ou passear. Não podemos construir apartamentos, condomínios, supermercados, shoppings, praças ou qualquer outro empreendimento que possa gerar lazer, emprego e renda. Só pode construir hotéis? Claro que os turistas são muito bem-vindos… E nós, não?

Covid. “A solução é a vacina”. Pronto, este momento foi o fim da picada. Uns defendem a chinesa outros a inglesa e alguns são contra a vacinação. Ficamos no meio de uma disputa política que está sufocando a todos. 

E como já desconfiava, é a vacina paraguaia que vai vencendo essa batalha.

Sem planejamento, uma visão de futuro sustentável e um compromisso com a população, nunca iremos solucionar verdadeiramente nossos problemas.

Resumindo, nós brasileiros, estamos navegando em um oceano de 'bosta', debaixo de uma tempestade de 'mijo', acompanhada  de uma trovoada de 'peidos'.