- FOGO CONTRA FOGO - Estudo final comprova eficácia de 62,3% da CoronaVac em intervalo maior de 21 dias entre as doses
Estudo clínico final sobre a Coronavac divulgado neste domingo, (11), mostra que a eficácia da vacina é maior do que nos resultados iniciais divulgados entre dezembro e janeiro. O estudo foi feito pelo Instituto Butantan, que produz a vacina em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Segundo artigo científico encaminhado para revisão e publicação na revista científica Lancet, uma das mais respeitadas do mundo, a eficácia para casos sintomáticos de Covid-19 atingiu 50,7%, ante os 50,38% informados inicialmente. Ou seja, a vacina reduz pela metade os novos registros de contaminação em uma população vacinada.
Segundo o estudo encaminhando neste domingo, a eficácia da CoronaVac pode chegar a 62,3% com um intervalo de mais de 21 dias entre as duas doses da vacina.
O estudo diz, no entanto, que a eficácia mínima da vacina já aparece na segunda semana depois da primeira dose.
Variantes
O estudo mostra ainda que a Coronavac se revelou eficaz na proteção contra as variantes brasileiras P1 e P2 do vírus Sars-Cov-2, por se tratar de uma vacina feita a partir do vírus inativado.
Segundo Ricardo Palácios, diretor médica de pesquisa cínica e diretor desse estudo final da fase 3 da vacina, mostra que a CoronaVac atua com as variantes P1 e P2 do mesmo modo que atua com a variante clássica.
“O que nós esperávamos é que está sendo uma vacina de vírus completo inativado, ela tinha uma maior resistência a perdas de neutralização perante às variantes e isso foi confirmado pelos dados laboratoriais, efetivamente tanto a cepa P1 como a P2 elas são neutralizadas de forma análoga a como é a variante clássica”, diz Palácios.
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